Fim da Operação Golfinho reduz efetivo no litoral

Fim da Operação Golfinho reduz efetivo no litoral | Foto: André Ávila
Fim da Operação Golfinho reduz efetivo no litoral | Foto: André Ávila

Em pouco mais de dois meses, mais de 500 prisões em flagrante foram realizadas

Desde esta segunda-feira a Operação Golfinho teve o seu efetivo reduzido em dois terços. A redução drástica já havia sido anunciada pelo Comando Geral da Brigada Militar tendo como justificativas a diminuição na quantidade de veranistas nas praias e dos recursos da corporação. Na prática, apenas os salva-vidas, que totalizam cerca de 1,2 mil agentes, foram poupados e permanecerão até o final da Operação, prevista para a próxima segunda-feira, dia 2 de março. Os demais policiais militares, especialmente os que trabalhavam no policiamento ostensivo, retornaram às suas bases de origem. 

Desde o início da manhã a base administrativa da Operação Golfinho, em Tramandaí, está com as portas fechadas. No local, dos 18 servidores administrativos, ficaram apenas seis. Muitos chegaram a ser dispensados na sexta-feira. Além disso, na unidade permanecerão os salva-vidas que utilizam a área como alojamento. A Base Avançada de Resgate Aquático (BARA), na beira da praia de Tramandaí, também está fechada.

Segundo o comandante geral do Corpo de Bombeiros e que respondia pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Litoral, coronel Rogério da Silva Alberche, o policiamento segue ativo, só que sendo feito pelas equipes originais das praias. Como é tradicional que a movimentação nas praias siga intensa até a Páscoa haverá o deslocamento de policiais aos fins de semana. “É uma maneira de manter o reforço no litoral neste período de maior necessidade”, explicou ele. O reforço se dará apenas na sexta-feira, sábado e domingo.

Municípios lamentam saída de policiais


O presidente da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte), prefeito de Palmares do Sul, Paulo Henrique Mendes Lang, lamentou a antecipação da retirada do policiamento ostensivo das praias. Segundo ele, a criminalidade no litoral tem crescido. “Infelizmente, acreditamos que haverá um crescimento no índice de roubos e assaltos, já que existe uma marginalidade nas áreas periféricas das praias que aumentou consideravelmente”, comentou ele.

De acordo com o último balanço da Operação Golfinho, desde o dia 20 de dezembro, foram efetuadas 514 prisões em flagrante e 46 por cumprimento de mandado. Além disso, foram emitidos 984 termos circunstanciados. No que se refere ao Policiamento Ostensivo foram apreendidas 51 armas de fogo e recuperados 86 veículos.

CORREIO DO POVO