Ex-secretário de Segurança chama de patético cancelamento de operação policial por falta de presídios

michels-264665Airton Michels também foi questionado sobre demolição de galeria do Presídio Central, antes da conclusão de outros presídios

A destruição de uma ala do Presídio Central no ano passado e o cancelamento de uma operação da Polícia Civil, que pretendia prender 20 pessoas, por falta de vagas no sistema prisional gaúcho provocou manifestação do ex-secretário de Segurança, Airton Michels. Ele criticou a decisão de suspender a operação:

“Eu jamais vi isso, que em um sistema de 30 mil presos, que na Grande Porto Alegre tem em torno de 12 mil, não se consiga vagas para 20 presos. Isso é patético”.

Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, ele foi questionado sobre a desativação de uma galeria do Central, antes da conclusão de outros presídios. Michels argumentou que a decisão de começar a demolição do Central, mesmo sem cumprir a promessa da desativação total, foi tomada tendo por base o estágio avançado da obra do novo Presídio de Canoas e outras penitenciárias.

“Essas vagas estão faltando porque não há gestão para já iniciar a ocupação de Canoas. Essas vagas estão faltando porque transigiram com o Judiciário em 200 vagas em Venâncio Aires. E tampouco sei o que está acontecendo em Charqueadas e Montenegro, onde nós tínhamos encaminhado 1 mil vagas em dois anexos que lá foram concluídos. Nós deixamos encaminhadas e, praticamente prontas, 3,2 mil vagas”, justificou.

O ex-secretário de Segurança, que voltou a atuar no Ministério Público, continua sendo um defensor de que o combate à criminalidade passa pela desativação do Presídio Central.

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