Operação Coração do Rio Grande vai até segunda em Santa Maria

Policiamento está sendo feito a pé, a cavalo, de carro, moto e com cães Foto: Ronald Mendes / Agencia RBS
Policiamento está sendo feito a pé, a cavalo, de carro, moto e com cães
Foto: Ronald Mendes / Agencia RBS

Brigada Militar aumentou número de policiais nas ruas

Depois da normalização das atividades do funcionalismo público estadual com o pagamento integral dos salários e o anúncio de que os vencimentos relativos ao mês de setembro não serão parcelados, a Brigada Militar retoma a sua principal operação, a Guarnição Coração do Rio Grande, que chega a sua quarta edição. No entanto, o principal fator que levou o comando a colocar a operação em prática foi o aumento no número de assaltos a pedestres e a estabelecimentos comerciais, que teve elevação de mais de 200% em relação a setembro de 2014.

A operação terá duração até segunda-feira. Além do policiamento ostensivo de praxe, 10 pontos estratégicos em Santa Maria foram elencados pelo Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) para receber atenção especial. Em média, dois policiais ficarão em cada um desses locais. Para reforçar o número de policiais nas ruas, foi adotado o chamado “expediente operacional”, em que os funcionários dos setores administrativos deixam suas funções, ficando apenas um para atendimento. Com isso, cerca de 20 policiais a mais fortalecem o policiamento nas ruas.

– Constatamos o acréscimo de alguns crimes. Estabelecemos os pontos de referências comunitários e procuramos posicionar os policiais a pé, a cavalo e de viatura nos principais eixos de deslocamento das pessoas na cidade, primeiro para que enxerguem os policiais. É visibilidade total, é um certo total à criminalidade – explica o sub-comandante do 1º Regimento de Polícia Montada, major Paulo Antônio Flores.

Além do 1º RPMon, participam da operação o 2º Batalhão de Operações Especiais (BOE) e a Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos (Esfas). As unidades se revezam no expediente operacional. Cada dia, uma reduz seu setor administrativo para colocar mais policiais nas ruas. Nos horários de funcionamento do comércio, em média, 25 viaturas do 1º RPMon e do 2º BOE estarão em circulação.

Conforme Paulo Antônio, o foco é o mesmo das outras edições da operação, intensificando as abordagens para retirada de armas, drogas e pessoas com pendências judiciais de circulação. E não só no Centro, mas também em bairros como Camobi, Itararé, Rosário, Tancredo Neves e Duque de Caxias.

É justamente nos bairros a maior reclamação. Moradores do Parque Dom Antônio Reis entraram em contato com a RBS TV e relataram que casas do bairro têm sido alvos de arrombamentos, mas que a Brigada Militar não vai ao local quando é chamada.

O major explica que, no turno da noite, quando geralmente há ocorrências desse tipo, há cerca de oito viaturas em serviço, por isso, às vezes, todas podem estar em atendimento. Além disso, Paulo Antônio diz que a prioridade é para crimes contra a vida e que, na maioria dos casos de arrombamento, a única coisa que se faz é o registro da ocorrência.

Os dez pontos estratégicos

– Igreja do Amaral, no bairro Camobi
– Trevo entre as avenida Dores e Euclides da Cunha, no bairro Nossa Senhora das Dores
– Avenida Euclides da Cunha com a Rua Marechal Deodoro, no bairro Itararé
– Avenida Medianeira com Rua Duque de Caxias, no bairro Nossa Senhora Medianeira
– Avenida Medianeira com Avenida Ângelo Bolson, no bairro Duque de Caxias
– Largo da Locomotiva, na Avenida Presidente Vargas, no bairro Nossa Senhora de Fátima
– Rua Silva Jardim com Rua do Rosário, próximo ao conjunto 2 da Unifra, no bairro Nossa Senhora do Rosário
– Trevo da Avenida Maranhão, no bairro Tancredo Neves
– Avenida Alcides Roth com Rua das Bergamoteiras, no bairro Juscelino Kubitschek
– Avenida Rio Branco com Rua Marechal Deodoro, no bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

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