Polícia Civil conclui legítima defesa no caso da morte de haitiano em Flores da Cunha

IMAGEM ILUSTRATIVA
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Policial militar baleou Jean Wesly Moriseme na perna, no início do mês

A Polícia Civil de Flores da Cunha concluiu que o policial militar que atirou contra o haitiano Jean Wesly Moriseme, morto no início do mês, agiu em legítima defesa. O inquérito apontou que o PM agiu para cessar as agressões da própria vítima, o que exclui a presença de crime. A Polícia Civil ainda acrescenta que testemunhas confirmaram a versão da Brigada Militar e que Moriseme recebeu “todo o aparato necessário”, não havendo indícios discriminação, conforme teria sido apontado. A perícia confirmou que a causa da morte foi extravasamento de sangue na veia poplítea. A polícia ainda aguarda os resultados de exames toxicológicos, de alcoolemia e perícias veiculares.

Moriseme foi morto na noite de quarta-feira, dia 7 de outubro. Durante a manhã, ele teria provocado confusões no Centro de Caxias, fato relatado por outros haitianos. À tarde, retornou para Flores da Cunha e brigou com outros dois haitianos na frente da rodoviária, o que resultou em prisão. Depois dessa ocorrência, Moriseme se envolveu em uma série de desordens e brigas ao longo do dia até ser baleado por PMs por volta das 23h30min. Essa é a versão da Brigada Militar (BM) a partir do depoimentos de PMs envolvidos no caso. Por essa versão, ele levou um tiro na perna e morreu no hospital em decorrência do ferimento.

Na terça-feira passada, o conselheiro da Embaixada do Haiti no Brasil em Brasília, Jackson Bien Aime, visitou Flores da Cunha para acompanhar as investigações. No mesmo dia, o corpo de Moriseme foi sepultado no cemitério municipal da cidade.

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