Apuração será isenta, dizem entidades

17884413A ocorrência que resultou na morte do engenheiro civil Vilmar Mattiello, de 58 anos, abriu discussões sobre as abordagens policiais em barreiras e a atitude correta de motoristas diante de uma situação de risco iminente. O engenheiro, que dirigia um Honda Civic na madrugada de quinta-feira, morreu em atendimento médico após ser baleado e colidir seu carro em um poste na avenida Wenceslau Escobar, em Porto Alegre. Uma perseguição policial provocou o acidente. Vilmar levou um tiro em um dos pulmões. Ele não teria acatado a ordem de parar. Conforme o presidente da Abamf, Leonel Lucas, os PMs adotaram os procedimentos corretos, pois o motorista teria fugido em alta velocidade. O engenheiro teria avançado o sinal vermelho e seguido por duas avenidas, parando após ser atingido. “Depois de fugir da Polícia, o motorista foi considerado suspeito e os policiais fizeram a abordagem padrão, que será confirmada no IMP”, disse. Aparício Santellano, da Associação dos subtenentes e tenentes da BM, disse que é difícil fazer uma avaliação do caso sem conhecer todos os detalhes, mas lembrou que na maioria das vezes os PMs em serviço precisam tomar decisões rapidamente. “Em segundos, o PM poderá ser herói ou bandido”. Para o presidente da Associação dos Oficiais da BM, coronel Marcelo Frota, o mais importante é que o cidadão não perca a confiança na Brigada Militar. O oficial disse que os fatos e as responsabilidade serão apurados. “A tradição de seriedade da BM permite a qualificação continuada de seus membros, ao mesmo tempo em que os fatos serão apurados com isenção, sem qualquer ato de corporativismo”.

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