Brigada Militar ficará de prontidão a partir deste domingo

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17971416Batalhões de Operações Especiais e regimentos de cavalaria estarão aquartelados para serem chamados em caso de distúrbios

A Brigada Militar montou um esquema de prontidão permanente nas unidades de ponta para prevenir distúrbios a partir de domingo, quando ocorre votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff por parte da Câmara Federal. Policiais de todos os Batalhões de Operações Especiais (BOE) – em Porto Alegre, Passo Fundo e Santa Maria – ficarão aquartelados, prontos para intervir caso sejam chamados. As folgas deles estão canceladas.

O mesmo acontece com os seis regimentos de cavalaria da BM (o maior deles é o Bento Gonçalves ou 4º RPMon, de Porto Alegre). Já os integrantes dos demais batalhões ficarão de sobreaviso: conectados ao telefone, prontos para atender se chamados, mas com permissão de ir para casa.

O Estado-Maior da BM tem se reunido para prever todos os cenários possíveis. Além disso, o serviço reservado dos batalhões (P2) acompanhará de perto todas as manifestações previstas. Os militantes contrários ao impeachment planejam se concentrar na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini. Já os favoráveis ao afastamento da presidente estarão reunidos no parque Moinhos de Vento (Parcão).

Haverá reunião da BM com todos órgãos estaduais, federais e municipais envolvidos.

— Uma das preocupações é com a chegada de militantes vindos do Interior. É por isso que caravanas de ônibus, se vierem, serão acompanhadas pela BM — avisa o Comandante-Geral da BM, coronel Alfeu Freitas.

Há também preocupação em evitar que simpatizantes de um e outro lado, que estão acampados na Praça da Matriz e no Parcão, carreguem instrumentos perigosos, como facões.

Situação parecida ocorre no Exército. Unidades especializadas em controle de distúrbios, como a Polícia do Exército e o Regimento Osório (que possui um Pelotão de Operações Especiais, a cavalo), estão de sobreaviso. Os de folga ficam impedidos de viajar e uma parte do contingente permanece no quartel. Eles só interviriam em caso de ataque a unidades federais ou áreas de segurança estratégica, como usinas, centrais elétricas, aeroportos e portos.

ZERO HORA