OAB-RS cria comitê para propor melhorias na segurança pública

Audiência pública foi realizada na tarde desta quinta-feira na sede da OAB-RS em Porto Alegre Foto: Vanessa Kannenberg / Agência RBS / Agência RBS
Audiência pública foi realizada na tarde desta quinta-feira na sede da OAB-RS em Porto Alegre
Foto: Vanessa Kannenberg / Agência RBS / Agência RBS

Entidade realizou audiência pública com instituições da sociedade civil e de associações de bairro na tarde desta quinta-feira

A problemática da segurança pública tornou-se bandeira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS). Além de realizar uma audiência pública sobre o tema na tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre, a entidade lançou o comitê Cidadania pela Segurança. Com participação de instituições da sociedade civil e de associações de bairro, o objetivo é que o grupo elabore diretrizes para um plano permanente de segurança pública governamental.

— Não podemos começar uma política de segurança a cada quatro anos. Precisamos de uma política de Estado — sintetizou o presidente do braço gaúcho da OAB, Ricardo Breier.

Líder nacional da Ordem, o gaúcho Claudio Lamachia anunciou que a iniciativa será estendida a todos os Estados.

— Vamos ter um diagnóstico do Brasil sobre segurança e faremos as proposições aos governos. Mas o certo é que passa pela priorização da segurança a solução dos nossos problemas — disse Lamachia.

Vinte uma pessoas, entre representantes de bairros, de sindicatos, ONGs, entre outras entidades, usaram o microfone para dar relatos das suas realidades e defender melhorias no combate à violência.

O governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e o secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, enviaram representantes ao encontro. Um deles foi o comandante-geral da Brigada Militar, Alfeu Freitas. O coronel ressaltou que a polícia está fazendo o seu trabalho, mesmo com falta de infraestrutura, parcelamento de salários e criminosos aparelhados, que confrontam os agentes ¿todos os dias¿.

— Para nós, da BM, é importante participar desse tipo de reunião para ouvir críticas e sugestões, e também para ouvir aplausos. Porque o policial tá na rua, em que pese as dificuldades que nós passamos — destacou o comandante.

Sub-chefe da Polícia Civil, Leonel Carivali ressaltou que os investigadores têm focado seu trabalho nos crimes contra a administração pública, que refletem em violência urbana e sensação de impunidade. Por isso, defendeu o aparelhamento das polícias e a nomeação de agentes.

— Segurança não é custo, é investimento. E investir em segurança é investir na sociedade — pontuou Carivali.

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