Aprovados alertam que governador já condicionou nomeações a aprovação impostos e criação da Lei de Responsabilidade Fiscal
Um dia após o governador José Ivo Sartori afirmar que da sua boca não saiu nenhuma promessa de convocar os aprovados para a Segurança Pública, alertando que a medida depende da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, o contingente que aguarda pelas nomeações reclamou. André Gonçalves lidera um grupo mobilizado de aprovados para a Polícia Civil e lamenta que Sartori condicione os chamamentos à votação de cada projeto de interesse do governo pela Assembleia Legislativa.
“Durante a campanha, o governador disse que não aumentaria impostos, mas aumentou afirmando ser necessário para viabilizar as nomeações, depois condicionou o chamamento à aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal e, agora, a LDO. Até já foi dito para nós, por representantes do governo, que as nossas nomeações dependiam de um boa safra da cebola. Para nós, tudo isso é muito frustrante depois de um espera de tanto tempo”, se queixou.
Cerca de dois mil aprovados para a Brigada Militar e mais de 600 para a Polícia Civil aguardam serem chamados desde a gestão de Tarso Genro, do PT. O concurso público foi realizado em 2012 e a validade foi renovada até dezembro deste ano.
Os aprovados para a Segurança Pública, servidores públicos e até mesmo autoridades do judiciário devem acompanhar a votação desta tarde na Assembleia Legislativa, onde será apreciada a LDO. O objetivo é pressionar os parlamentares na tentativa de flexibilizar a LDO que prevê um congelamento de salários e no custeio de todos os poderes, permitindo apenas o chamado crescimento vegetativo na ordem de 3%.
Se a LDO for aprovada e, caso seja confirmada a posição do governador, os aprovados não querem a chamada “bondade parcelada”, o que seria dividir as nomeações em partes. Fontes do governo já sinalizaram internamente que a intenção seria convocar 280 dos mais de 600 aprovados para a Polícia Civil. Já na Brigada Militar, o aproveitamento seria de 500 de dois mil.