Audiência de novo processo de PMs contra Rita Lee acontece em Sergipe

Cantora e policiais não estiveram no fórum; advogados os representaram.
Novo processo é sobre suposta publicação de Rita Lee em rede social.

Marina FonteneleDo G1 SE

Terminou sem conciliação a audiência que aconteceu na manhã desta segunda-feira (20) no novo caso que envolve a cantora Rita Lee e um grupo de oito policiais militares de Sergipe. Os processos contra ela iniciaram em janeiro 2012 após um desentendimento com policiais durante um show no município da Barra dos Coqueiros, na área metropolitana de Aracaju (SE).

Segundo a Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), essa audiência é referente a um novo processo impetrado depois de a cantora supostamente se manifestar, em uma rede social em agosto de 2013, sobre a confusão do ano anterior.

A advogada da cantora Stephanie Ghidini Lalier e o advogado dos policiais Plínio Karlo Moraes Costa representaram os clientes, que não compareceram no fórum.

Segundo o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), sem a conciliação, a juíza Suyene Barreto Seixas de Santana deu seguimento à instrução do processo e deve divulgar posteriormente a sentença do caso.

O novo processo foi distribuído apenas em abril de 2015 e é competência do 8º Juizado Especial Cível. Na ação, cada militar pede indenização de R$ 24,8 mil.

Texto que teria sido publicado por Rita Lee em rede social em 2013 (Foto: Divulgação/Amese)
Texto que teria sido publicado por Rita Lee em rede social em 2013 (Foto: Divulgação/Amese)

Entenda o caso
Em janeiro de 2012, a cantora parou um show na Barra dos Coqueiros para reclamar da ação dos policiais que revistavam o público em busca de drogas. No show de despedida dela, Rita Lee xingou os policiais que faziam a segurança por considerar ‘invasivo’ o tratamento com o público.

Na época, cerca de 40 de policiais processaram a cantora. Alguns deles receberam indenização de cerca de R$ 5 mil.

Em uma das interrupções a cantora fez a seguinte declaração: “Seus cachorros! Coitados dos cachorros. Cafajestes! Vocês estão fazendo de propósito. Eu sou do tempo da ditadura, se pensa que eu tenho medo, p..! Venha aqui! Eu sou mulher. Mulher, queridos! Sou mãe tive três filhos, tenho uma neta, 67 anos, que que vocês vão fazer? É isso que vocês querem? Chamar a atenção? Eles querem chamar a atenção, querem cantar? É horrível! Eu tenho paranoia com esse tipo de coisa, por que isso? Por quê? Eu queria saber. Cadê? Cadê por escrito que vocês têm que fazer isso? Cavalaria aqui não, filho. De cavalo. Cavalo é um bicho delicado. Que isso? Não. Eu não vou esperar, esse show é meu, as pessoas estão esperando eu cantar. Não é a gracinha de vocês. Seus f… da p…. Agora venha aqui me prender”.

Ainda durante a apresentação, a cantora recebeu um mandado de intimação para comparecer à Corregedoria de Polícia, o que não foi aceito por ela. Ao deixar o palco, Rita Lee foi detida e levada para a Delegacia Plantonista, onde prestou depoimento. Segundo o delegado Leogenes Correa, no depoimento dado no dia do show, a cantora disse que toda a ação foi gerada pelo ‘calor das emoções’ e por ter achado truculenta e desnecessária a ação dos policias com seus fãs.