Policiais de Pelotas reforçam Operação Avante em Porto Alegre

Carlos Queiroz 45849Pelo menos oito policiais de Pelotas reforçam efetivo da Operação Avante em Porto Alegre

Cem militares de todos os batalhões do interior do Estado estão sendo remanejados; comandante do CRPO-Sul garante que “não vai faltar policiamento” na cidade

Por: Giulliane Viêgas Diário Popular

Pelo menos oito policiais militares lotados no 4º Batalhão de Polícia Militar e Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO-Sul) foram deslocados para reforçar o efetivo da 3ª fase da operação Avante, lançada nesta quinta-feira (11), em Porto Alegre. A informação de que os militares foram remanejados como reforço foi confirmada pelo comandante do CRPO-Sul, tenente-coronel, Nelson Menuzzi. O oficial evitou falar da quantidade de PMs que foram para capital. No entanto, policiais que atuam no 4º BPM garantiram o deslocamento de oito colegas.  Ao total, foram cem militares de todos batalhões do interior do Estado que se juntaram aos demais que já atuam na Avante.

Conforme Menuzzi, o efetivo foi enviado com aporte de diárias e horas extras aos policiais que devem suprir a ausência dos colegas de farda. “Foi uma solicitação do Comando Geral já que os índices criminais da capital estão muito altos. Por aqui a situação é diferente. Não vai faltar policiamento”, garantiu o comandante do CRPO-Sul.

O reforço para Porto Alegre e região metropolitana significa, em números, menos policiais nas ruas de Pelotas e Zona Sul. O deslocamento dos PMs ocorre num momento em que a população implora por mais policiamento diante dos diversos episódios de violência que acontecem na cidade.

Na semana passada, a fuga dos seis detentos de alta periculosidade do Presídio Regional de Pelotas pôs em alerta a falta de policiais nas guaritas da casa prisional. Os criminosos ainda não foram recapturados. Na última terça-feira, um estudante de 20 anos foi vítima de tentativa de latrocínio após sair do Campus Anglo da UFPel. Ele seguia em direção à casa de amigos quando foi abordado pelos suspeitos. Cristofer Freitas continua internado em estado grave em uma clínica particular.

Devido a casos como esse, diariamente estudantes reclamam da falta de policiamento no entorno das universidades. “Parece piada mandarem PMs para Porto Alegre num momento em que a violência explode em Pelotas. A minha região também precisa de mais policiais mas ela nunca é prioridade”, reclama a estudante Cláudia Vieira.