Pelo menos oito policiais de Pelotas reforçam efetivo da Operação Avante em Porto Alegre
Cem militares de todos os batalhões do interior do Estado estão sendo remanejados; comandante do CRPO-Sul garante que “não vai faltar policiamento” na cidade
Por: Giulliane Viêgas Diário Popular
Pelo menos oito policiais militares lotados no 4º Batalhão de Polícia Militar e Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO-Sul) foram deslocados para reforçar o efetivo da 3ª fase da operação Avante, lançada nesta quinta-feira (11), em Porto Alegre. A informação de que os militares foram remanejados como reforço foi confirmada pelo comandante do CRPO-Sul, tenente-coronel, Nelson Menuzzi. O oficial evitou falar da quantidade de PMs que foram para capital. No entanto, policiais que atuam no 4º BPM garantiram o deslocamento de oito colegas. Ao total, foram cem militares de todos batalhões do interior do Estado que se juntaram aos demais que já atuam na Avante.
Conforme Menuzzi, o efetivo foi enviado com aporte de diárias e horas extras aos policiais que devem suprir a ausência dos colegas de farda. “Foi uma solicitação do Comando Geral já que os índices criminais da capital estão muito altos. Por aqui a situação é diferente. Não vai faltar policiamento”, garantiu o comandante do CRPO-Sul.
O reforço para Porto Alegre e região metropolitana significa, em números, menos policiais nas ruas de Pelotas e Zona Sul. O deslocamento dos PMs ocorre num momento em que a população implora por mais policiamento diante dos diversos episódios de violência que acontecem na cidade.
Na semana passada, a fuga dos seis detentos de alta periculosidade do Presídio Regional de Pelotas pôs em alerta a falta de policiais nas guaritas da casa prisional. Os criminosos ainda não foram recapturados. Na última terça-feira, um estudante de 20 anos foi vítima de tentativa de latrocínio após sair do Campus Anglo da UFPel. Ele seguia em direção à casa de amigos quando foi abordado pelos suspeitos. Cristofer Freitas continua internado em estado grave em uma clínica particular.
Devido a casos como esse, diariamente estudantes reclamam da falta de policiamento no entorno das universidades. “Parece piada mandarem PMs para Porto Alegre num momento em que a violência explode em Pelotas. A minha região também precisa de mais policiais mas ela nunca é prioridade”, reclama a estudante Cláudia Vieira.