Somente deputados podem solicitar o pedido da CPI, mas parlamentares reclamam que não foram procurados
Apesar do empenho de entidades, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que poderia investigar o que vem sendo feito no setor da Segurança Pública no Estado, tem grande chance de não ser implementada nos moldes que a OAB vem trabalhando. É o que apontam alguns deputados estaduais, mesmo de oposição política à gestão de José Ivo Sartori (PMDB), que teriam grande interesse em investigar o desgaste no sistema prisional atual. Isso porque, apesar do presidente da OAB gaúcha, Ricardo Breier, formular um pedido de CPI a ser protocolado hoje à tarde na Assembleia Legislativa, somente os próprios parlamentares podem solicitar a ferramenta de investigação, diferentemente do que se pode ser feito para um pedido de impeachment, por exemplo.
Alguns deputados da oposição, e também até servidores da Casa, afirmaram que não foram procurados pela entidade dos advogados para auxiliar na proposição da CPI. E que somente entregar o pedido hoje à tarde à presidente da AL, Silvana Covatti (PP), não garante nenhum passo à frente no tema, já que o regimento interno impede que a presidente do parlamento, caso fosse necessário, presida a CPI.