CORREIO DO POVO: Salva-vidas estão sem estruturas em Capão

Salva-vidas improvisam para conseguir monitorar os banhistas no mar

Destruídas na ressaca de outubro, praia tem apenas três guaritas em condições plenas de funcionamento

A forte ressaca que atingiu o Litoral Norte há dois meses ainda deixa suas marcas. Boa parte dos quiosques atingidos já foram reconstruídos, o que ainda não mudou é a situação das guaritas dos salva-vidas. Um dos casos mais preocupante é em Capão da Canoa, onde das 31 guaritas, apenas três estão em pé. De acordo com o major do Corpo de Bombeiros, Everton de Souza Dias, a previsão é de que até o dia 31 de dezembro todas estejam prontas, conforme a empresa contratada pela Prefeitura. O valor orçado para a reconstrução é de R$ 144,2 mil. Enquanto isso, os salva-vidas estão improvisando estruturas para permanecer na beira e observar os banhistas no mar, porém, muitos deles dizem que isto não é o ideal. Alguns se abrigam em quiosques, outros montam tendas para se proteger do sol ou desenham um círculo na areia para delimitar seu espaço de trabalho. “Dificulta muito a visão ampla da área. Nas guaritas temos uma análise muito maior. Agora, estamos improvisando do jeito que dá”, disse um dos salva vidas, que preferiu não se identificar. Outra questão apontada é que no nível da terra, com a presença de guarda-sol e a quantidade elevada de veranistas, a visão das outras guaritas acaba prejudicada, limitando a ação de apoio se algum socorrista estiver precisando. “O ideal seria chegarmos aqui e termos as condições ideais de trabalho, mas infelizmente isto não aconteceu”, informou outro salva-vidas. Muitos nem sabem quando as guaritas ficão prontas. A publicitária Ágata Martins, que veraneia em Capão da Canoa, acha a situação perigosa para os veranistas. “Isso vai prejudicar muito o trabalho deles. Espero que as guaritas estejam prontas logo”, disse Ágata.

CORREIO DO POVO