GAÚCHA: Presos em delegacia de Canoas planejavam render policial e fugir em massa

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Na DPPA de Canoas, onde presos pretendiam render policial e fugir, há 20 pessoas detidas / Foto: Paulo Ledur

O problema dos presos em delegacia tem um novo capítulo. Desta vez, o plantão da Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Canoas descobriu um plano dos detidos para render um policial e fugir em massa do local. O fato ocorreu na última segunda-feira e foi divulgado nesta sexta-feira (27). Nesta madrugada, havia 18 presos na cela da delegacia e dois em um ônibus da Brigada Militar, estacionado em frente ao prédio.

De acordo com o delegado Marcos Machado, um plantonista ouviu uma conversa entre os presos e descobriu o plano. Foi registrada uma ocorrência e tomadas medidas de segurança. Entre elas, o fechamento da porta da delegacia a partir das 18h. Com isso, o policial tem que se deslocar até a entrada do prédio e verificar quem pretende comunicar um delito. Somente depois disso é adotado o procedimento normal para registro de ocorrência. Machado lembra que o trânsito de pessoas é grande por que no local ainda há um caixa eletrônico.

“Estamos tomando estas precauções depois da descoberta do plano de fuga e principalmente para garantir a segurança das vítimas que procuram a delegacia para registrar ocorrência”, ressalta Machado.

Para o delegado, o atendimento ao público está prejudicado por que o trabalho dos agentes também está voltado para o monitoramento de presos. Apesar da DPPA de Canoas estar com 20 presos nesta sexta-feira, a situação é um pouco melhor do que durante a semana, quando o local chegou a ter 25 presos.

Em toda Grande Porto Alegre, são 107 presos em delegacias: 77 nas DPPAS de cidades da Região Metropolitana, 25 nas duas delegacias da Capital e cinco na região de São Jerônimo. A Secretaria da Segurança Pública tenta amenizar a situação com um ônibus-cela, o chamado trovão azul, e com um futuro centro de triagem, previsto para fevereiro. Além disso, prevê novas vagas nas cadeias ainda para este ano, os presídios de Canoas e de Guaíba. Os presos estão ficando de forma provisória nas delegacias por que os presídios da Região Metropolitana estão parcialmente interditados devido à superlotação.