Moradores já dizem notar maior presença de policiais nas ruas da cidade.
Tropas do interior se uniram aos agentes da Força Nacional.
Um dia após a chegada de 350 policiais militares que estavam no interior do Rio Grande do Sul, os porto-alegrenses perceberam a diferença na cidade. O patrulhamento reforçado recém iniciou, e ainda há muito a ser feito, mas as ações já começaram a dar resultado (veja na reportagem).
No primeiro dia, os agentes revistaram 730 pessoas e abordaram 219 veículos, em maioria ônibus. Quatro suspeitos foram presos – um deles tinha acabado de roubar os passageiros de uma lotação –, e um carro roubado foi recuperado, segundo a Brigada Militar.
Líder no número de roubos de celulares, o Centro da capital gaúcha é a região que recebeu o maior reforço.
A maior área verde cidade, o Parque da Redenção, também ganhou recebeu apoio na segurança. Os PMs estão ainda em outros pontos de Alegre, e fazem o policiamento ostensivo, para marcar presença e serem vistos pela população.
“A violência está demais, eu já saio rezando com a nossa senhora na bolsa. Eu tenho medo”, desabafa a aposentada Janete Barbosa Feijó.
A cada oito horas, o efetivo é substituído. No meio da tarde, 110 PMs deixaram um dos batalhões para patrulhar 35 pontos diferentes da cidade, entre a Zona Norte e o Centro.
Além de bases fixas, os agentes também podem se deslocar para outros bairros da cidade, se forem acionados para combater qualquer tipo de crime.
“Seja um furto, roubo até a questão que está mais pautada, homicídio ou latrocínio”, diz o policial militar Paulo Renato Vargas Godoy.
Chegada de novos PMs ocorre horas após latrocínio
Os novos PMs foram apresentado em solenidade na manhã desta quarta-feira (15). O anúncio ocorreu horas depois de mais um caso de latrocínio (roubo com morte) na cidade este ano.
A transferência das tropas não deve representar prejuízo à segurança do interior do estado. “Eles serão compensados com horas extras, como foi no ano anterior e há também um rodízio de efetivo, portanto, não haverá prejuízo”, afirma o comandante-geral da Brigada Militar, Andreis Silvio Dal’Lago.
Além da garantia de pagamento de horas-extras, o encerramento da Operação Verão permitiu que o efetivo que estava no litoral gaúcho também retornasse para o interior.