ZERO HORA: Polícia apura se PM foi executado por denunciar facção de traficantes

Policial da reserva Derli dos Santos, de 53 anos, foi morto no condomínio em que morava, no bairro Rubem Berta

Por: Vitor Rosa

Os relatos de familiares ao Departamento de Homicídios indicam que o PM da reserva Derli dos Santos, 53 anos, foi assassinado por uma facção do tráfico de drogas. O motivo seria uma denúncia feita pelo sargento sobre o grupo que tem o domínio da área do bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre.

Responsável pela investigação, a delegada Luciana Smith considera muito cedo para ter certeza que esta foi a quadrilha que executou a vítima. Ela ouve testemunhas ao longo desta quinta-feira.

— Quero, primeiro, tomar conhecimento de tudo que foi feito pela investigação anterior (do local do crime). Estamos ouvindo parentes dele para saber o que faremos depois — relatou a policial.

O crime ocorreu na tarde de quarta-feira, no condomínio em que o sargento morava na Rua Fernando Camarano, bairro Rubem Berta. Pelo menos dois assassinos encapuzados chutaram o portão da casa e invadiram o pátio. Eles abriram fogo ao ver o PM, que tomava chimarrão com a esposa. Baleado, ele chegou a ser socorrido ao Hospital Cristo Redentor, mas não resistiu aos ferimentos.

Santos era 2º sargento da corporação. Ele serviu até 2008 o 11º Batalhão de Polícia Militar, que atua na região da zona norte, quando entrou para a reserva remunerada.

O velório ocorre no Cemitério Jardim da Paz, Capela B, a partir das 13 horas desta quinta-feira. O sepultamento acontece às 17h30min.