SuperRepórter conta a rotina de um policial nas ruas de Porto Alegre

Reportagem acompanhou o dia de um PM na região central da Capital

O SuperRepórter deste sábado vai contar a rotina de outros heróis que também não usam capa e nem possuem superpoderes. Ao invés disso, equipamentos de segurança, treinamento e disciplina para atuarem como policiais militares nas ruas do Rio Grande do Sul. Durante uma tarde, a reportagem acompanhou a rotina dos PM’s responsáveis pela segurança na região central de Porto Alegre.

A saída foi da Sede do 9º Batalhão de Polícia Militar, que fica na avenida Praia de Belas. Antes disso, os policiais recebem a chamada “missão do dia”, com áreas de maior atenção, conforme explica o comandante da Rocam, sargento Munhoz.

“Começa com a gente chegando no quartel, entramos em forma, e colocamos as missões do dia a dia pro efetivo. É paga a missão para cada um, e a partir dali, cada um cumpre a sua missão”, explica.

Rocam significa Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas. Ou seja, os  militares são mais ágeis no atendimento de ocorrências maiores, e possuem uma maior facilidade de locomoção para patrulhas e abordagens de rotina. Como são mais vistos e ficam próximos dos moradores, também acabam exercendo a função de polícia comunitária. Enquanto rodavam com a reportagem, eram questionados pela população principalmente sobre informações de trânsito. os pedidos de ajuda são recorrentes, de acordo com o sargento.

O nosso Centro tem muita demanda de pessoas de fora, que não são aqui do Centro, que não conhecem os locais, nos interpelam, fazendo perguntas, perguntando onde é os locais, e a gente sempre que pode, auxilia eles”, conta o sargento, relatando que são entre 30 e 40 pedidos de ajuda por hora.

Acompanhando o serviço de patrulha da Brigada Militar, os policiais passaram por ruas do bairro Cidade Baixa, seguiram pela Avenida Érico Verissimo, Venâncio Aires e acessaram o parque da Redenção. Lá dentro bastou apenas uma abordagem para encontrarem drogas com dois jovens, com passagens pela polícia. Sorte? Nada disso. É o que o soldado Douglas Pereira chama de “feeling“.

“Tu adquire isso com o tempo, com a experiência, o feeling de polícia. O cara que trabalha com isso, 10, 12 horas por dia, sai pra rua com olhos voltados para esse tipo de atitude. Nós estávamos andando embaixo das árvores e vimos várias pessoas”, conta.

Neste caso, por ser um crime de menor potencial ofensivo, os jovens tiveram a droga apreendida e assinaram um Termo Circunstanciado. Após a ocorrência, os policiais seguiram para a avenida Salgado Filho, no Centro Histórico, para verificar uma possível ocorrência.

A missão do Super Repórter era contar a rotina de um policial nas ruas da Capital, mas como eles mesmos dizem,  não há nenhum dia em que saem de casa com certeza do que vão encontrar, nem sobre quando vão voltar.

GAÚCHA