Agentes de segurança de diferentes categorias estavam representados na discussão
Praticamente todos os agentes de segurança que atuam em Santa Maria estavam representados em audiência realizada na Câmara de Vereadores, ontem à tarde, promovida pela Comissão Especial de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.
A tônica dos pronunciamentos – foram mais de duas horas –, dos representantes das instituições ou dos servidores da Polícia Federal (PF), Brigada Militar (que inclui Corpo de Bombeiros), Instituto-Geral de Perícias (IGP), Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal foi o déficit de pessoal que atinge as categorias.
– Serviço, volume de trabalho, não nos amedronta. O que está nos apavorando é a falta de pessoal – resumiu a chefe do IGP no município, Maria Ângela Zuchetto.
Além da falta de efetivo, Ministério Público e Defensoria Pública do Estado lembraram que não se faz segurança pública se o Estado (governos estadual e municipal) não estiverem presentes no combate às causas, entre elas, a vulnerabilidade social, como a falta de oportunidades de emprego, de atividades esportivas e de educação, que levam crianças e adolescentes à criminalidade.
Nesse sentido, a prefeitura foi representada pela Guarda Municipal, que mostrou que, apesar da segurança ser dever do Estado, o município não pode se omitir.
Por diversas vezes, o público que ocupou quase todo o plenário, a maioria composta por servidores da área, aplaudiu as manifestações que pediam atenção para as categorias que acabam fazendo mais com menos.
Questões partidárias à parte, a audiência em Santa Maria deve servir para compor um Raio X do Estado na área e, com base nesse diagnóstico, a proposição de ações junto ao governo estadual.
– A comissão especial foi instituída para forçar o governo a ter uma atitude de mais responsabilidade com a sociedade – disse o vice-presidente da comissão, que presidiu a audiência na cidade, deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT).