Posto da BM no Cerrito enfrenta dificuldades
Devido ao déficit de policiais local tem ficado vazio e desocupado? policial militar do município atua em Pedro Osório
O posto da Brigada Militar (BM) no Cerrito enfrenta dificuldades por conta do déficit de efetivo. Isso porque o policial do município atua na BM de Pedro Osório para, em caso de chamamento, uma guarnição composta por dois militares possa ir até o local da ocorrência.
Devido à falta de policiais, o posto da BM no Cerrito está vazio e desocupado. Armas e equipamentos utilizados pela BM foram retirados do local para evitar qualquer tipo de ataque. Pedro Osório também encara obstáculos e conta com apenas um PM por escala. Juntos os municípios que se separam por uma ponte possuem pouco mais de 14 mil habitantes, segundo informação populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora sejam considerados municípios pequenos, em 2016 quatro homicídios, 285 furtos e 22 roubos foram registrados nas duas cidades, conforme indicadores criminais da Secretaria de Segurança Pública (SSP). A incidência de crimes preocupa, inclusive, servidores da categoria que reclamam do descaso do governo. “À noite ocorrem muitos furtos a residências. Com isso, temos que sair e o posto de Pedro Osório também fica sem ninguém. Não tem um servidor para atender outras ocorrências e dar atenção à comunidade”, reclamou um PM.
Apesar das dificuldades, a BM ainda atua 24 horas por dia. Entretanto, não tem realizado patrulhamento ostensivo nas ruas. “Do jeito que tá, não sei até quando vamos suportar essa situação. Tem dias que é um PM para atender as duas cidades”, desabafou o policial.
O comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Sul (CRPOSul), tenente coronel Carlos Alberto Andrade, reconhece a falta de efetivo nos municípios. Em março, 15 policiais e um oficial do 4º e do 6º BPMs foram deslocados para a capital para reforço do efetivo no combate à criminalidade em Porto Alegre. No entanto, segundo Andrade, a dificuldade enfrentada pelos postos da BM no interior nada tem a ver com o envio de PMs à capital e sim com a atual situação da corporação que atua com 50% do considerado ideal. “É uma troca. O Comando Geral enviou diversos policiais para a nossa região na Operação Golfinho, não posso negar a cedência de apenas 15 policiais”, comentou Andrade. O retorno dos policiais estava previsto para o próximo mês? a volta, porém, foi adiada para julho.
Em meados de maio, o Comando Geral da Brigada Militar anunciou que a partir de junho nenhum município do Estado contará com menos de três policiais militares. A meta do governo do Estado é iniciar o ano de 2018 com todos os municípios equipados com um efetivo mínimo de cinco PMs.
Promessa
Outra promessa do governo do Estado é de que na segunda quinzena de julho cerca de 1.060 policiais militares estarão nas ruas. Além disso, o governo do Estado já autorizou o retorno de PMs no Corpo Voluntário de Militares Inativos (CVMI) para atuar, prioritariamente, nas patrulhas escolares (com foco no tráfico de drogas) e nas atividades de videomonitoramento.