Governo federal vai enviar 100 homens da Força Nacional ao Rio

Nos últimos dias, guerra de facções criminosas bloqueou avenidas e rodovias e resultou em tiroteios, veículos incendiados e saqueados

Por: Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, anunciou nesta quarta-feira que o governo federal vai enviar 100 integrantes da Força Nacional ao Rio de Janeiro. A equipe vai se juntar a outros 125 membros da corporação que já estão no Estado. O envio da Força Nacional ao Rio atende a um pedido do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Nos últimos dias, uma guerra de facções criminosas bloqueou avenidas e rodovias e resultou em tiroteios, nove ônibus e dois caminhões incendiados e saqueados. A polícia apreendeu 32 fuzis, seis pistolas e 10 granadas.

O governo federal também vai enviar agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para reforçar a segurança na Rodovia Presidente Dutra, que liga o Rio a São Paulo, identificada como rota de entrada de armamentos que abastecem facções criminosas. O secretário nacional de Segurança Pública, general Santos Cruz, vai ao Rio para identificar a quantidade de policiais necessários para a tarefa.

— Há uma preocupação do governo com os eventos no Rio de Janeiro, que motivou uma participação mais incisiva e direta da Presidência da República, ainda que a segurança sejam uma atividade primordialmente dos Estados — afirmou o ministro.

O general Santos Cruz chega ao Rio nesta quinta-feira. Ele vai se reunir com as autoridades do Estado para avaliar e detalhar as necessidades que possam ter apoio do governo federal.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, José Levi Junior, disse que a União não será omissa nas questões e segurança pública.

— Vamos apoiar cada Estado conforme sua necessidade e contexto — afirmou.

Sobre o avanço do crime organizado e de suas ações em diversos Estados brasileiros, ele disse que a atuação do governo será integrada.

— A União se coloca ao lado dos Estados para ter uma atuação mais ampla e abrangente e fazer frente a um problema que não é local nem regional, mas nacional e até transnacional — afirmou.

*Estadão Conteúdo