O manifestante, que tentou lançar um “rojão” caseiro contra os policias durante uma manifestação em Brasília, culpou os policiais pela explosão que dilacerou sua mão. Segundo a versão do criminoso, os policiais haviam jogado uma bomba de efeito moral no meio da manifestação e ele teria pegado com a mão para retirar do local, momento em que aconteceu a explosão.
No entanto, a versão do criminoso é comprovadamente inválida, pois bombas de efeito moral explodem em menos de 1,5 segundos após seu lançamento, tempo insuficiente para pegá-las com a mão. Além disso, segundo informações da própria fabricante, Condor Indústria Química, bombas de efeito moral causam apenas susto e normalmente não ferem. O corpo da bomba é produzido com um plástico especial, que se desintegra evitando a formação de estilhaços.
A perícia também encontrou a mais de 10 metros do local do acidente estilhaços de aerosol, que provavelmente são do artefato explosivo que dilacerou a mão do terrorista. Trata-se de um “artefato explosivo improvisado, à base de embalagem de desodorante aerosol”.