SANTA CATARINA: Após repercussão de prisões de policiais militares pela Polícia Civil, comandos tentam amenizar polêmica

Em reunião, ficou acertado protocolo para criar regras para casos de PMs presos por policiais civis e vice-versa.

Comando das polícias militar e civil se reúnem para discutir unificação

G1 SC

Depois da repercussão nas redes sociais da operação da Polícia Civil que prendeu seis policiais militares suspeitos de tortura em Balneário Camboriú na quinta-feira (25), os comandos das duas corporações fizeram uma reunião nesta segunda-feira (29) para tentar amenizar a polêmica.

Na reunião, ficou acertada a criação de um protocolo entre as polícias para definir regras para casos em que um PM for preso por um civil ou vice-versa.

Polêmica

A Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) defende a apuração das denúncias contra os militares, mas acha que houve exagero na divulgação do caso.

“A forma como foi feita a condução desse processo para nós é uma midiatização, uma espetacularização”, disse o relações públicas da Aprasc Elisandro Lotin.

A Associação dos delegados da Polícia Civil defendeu a ação. “Não houve nenhuma prática de espetáculo, mas se estava cumprindo a legislação”, disse o delegado Ulisses Gabriel, presidente da Associação dos delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina (Adepol/SC).

Esta é a segunda crise deste tipo este ano. Em fevereiro, um oficial da PM de São João Batista chegou a ser preso quando questionou uma operação da Deic que trocou tiros com uma quadrilha.

Unificação em debate

Nesta segunda, ocorreu também um debate sobre a unificação das políciais, o que seria o ciclo policial completo. A inciativa foi da comissão especial da Câmara dos Deputados, que estuda uma emenda à constituição para isso.

“Só pode ser mudado por uma emenda constitucional. Então, este é o caminho para se buscar a melhor segurança pública”, disse o delegado Edson Moreira, deputado presidente da comissão.

A audiência teve 30 espectadores, a maioria representantes da Polícia Civil e da Polícia Militar. As duas associações concordam com a proposta de unificação. “A unificação das polícias é o melhor caminho para que a população seja beneficiada com uma segurança pública de mais qualidade”, disse o delgado Ulisses.

“Acho eu que o ciclo completo hoje é um passo muito grande para acabar com essas rusgas”, disse o representante da Aprasc.