Grupo foi preso durante a Operação Tríade, que deteve, no total, 33 pessoas em 14 cidades
A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul mandou soltar cinco pessoas presas por envolvimento com ataques a banco no Norte do Estado. Elas foram detidas durante a Operação Tríade, em maio deste ano, que desarticulou três quadrilhas e deteve, no total, 33 pessoas.
A Justiça não informou o motivo da decisão. Os três homens e as duas mulheres estavam presos preventivamente por associação criminosa. Conforme a polícia, eles participaram do ataque às agências do Banrisul e do Banco do Brasil de Fontoura Xavier, em março deste ano, quando bandidos usaram reféns como cordão humano em plena tarde.
Serão colocados em liberdade Fabiano da Silva Borges, Rafael Tiago de Jesus da Silveira, Jandira Ivonir Ribeiro da Silva, Márcia Gattelli, Giovane Gattelli Lourenço. Conforme a polícia, eles auxiliaram a quadrilha liderada por Alexandre Longhi da Rosa.
— Ninguém fica preso permanentemente. Não sei por que eles foram liberados; talvez o período de prisão tenha sido suficiente para a instrução do processo. Nos preocuparia, no entanto, se os autores diretos fossem colocados em liberdade. E, claro, nos preocupa a liberdade de outras pessoas —afirma o delegado João Paulo de Abreu, da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
O delegado lembra que ainda estão foragidas três pessoas consideradas perigosas e responsáveis diretas por um ataque a banco em Putinga, no Vale do Taquari, um mês depois da operação. Elautério Santos Marques, o Secretário, Elton John Castilhos Xavier, o Pseudo, e Orestes Jorge Xavier Junior, o Binha, têm prisão preventiva decretada e são considerados foragidos. Eles eram alvos da operação, mas não foram encontrados.
A polícia também procura Luciana Cristina da Silva, Márcia Roberta dos Santos Reggiori e Maurício Toledo Raphaelli por ataques a bancos. Quem tiver informações sobre estas pessoas (veja fotos abaixo) pode entrar em contato com a polícia pelo telefone 197, da Polícia Civil.
Operação Tríade
A Operação Tríade foi deflagrada após um ano e meio de investigações da Polícia Civil. As três quadrilhas desarticuladas pelo Deic em maio deste ano não têm ligação, mas agiam de forma semelhante, fazendo reféns, dominando pequenas cidades por algumas horas e usando grande poder de fogo.
Cerca de 400 policiais cumpriram 116 mandados judiciais – 45 de prisão preventiva, 21 de condução coercitiva (para depoimento) e 47 de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em 14 cidades gaúchas: Caxias do Sul, São Marcos, Flores da Cunha, Teutônia, Lajeado, Redentora, Rodeio Bonito, Esteio, Novo Hamburgo, Boa Vista das Missões, Palmeira das Missões, Seberi, Lajeado do Bugre e Jaboticaba.
Segundo a polícia, 33 pessoas foram presas, três delas em flagrante por posse ilegal de arma. Quinze bancos foram assaltados por estas três quadrilhas.
GAÚCHA