GAUCHAZH: Projeto que parcela 13º dos servidores estaduais deve ser votado em 11 de dezembro

Projeto do parcelamento deverá ser apreciado pelo plenário da Assembleia Legislativa no dia 11 de dezembro
Fernando Gomes / Agencia RBS

Líder do governo na Casa acredita que texto será aprovado com facilidade

Em meados de dezembro, os deputados estaduais deverão se debruçar sobre o projeto de lei que prevê o parcelamento do 13º salário dos servidores do Executivo. O calendário de pagamentos depende da aprovação deste texto.

Caso o projeto passe pelo crivo dos parlamentares na Assembleia, será o terceiro ano consecutivo em que o governo paga a conta gotas o benefício aos funcionários públicos — em 2015, o Piratini atrasou o repasse, mas pagou em uma única vez. O texto, protocolado em 7 de novembro, deverá ser apreciado pelo plenário da Casa em 11 de dezembro.

“Esta é uma medida excepcional diante das circunstâncias econômico-financeiras do Poder Executivo, e tem como intuito evitar prejuízos aos servidores públicos estaduais e, consequentemente, ao próprio Estado”, diz trecho da justificativa do governo.

O líder do governo na Assembleia, deputado Gabriel Souza (MDB), acredita que o projeto deverá ser aprovado com facilidade:

— Acho que deve ser unânime (a aprovação) desse projeto.

No texto encaminhado ao Parlamento gaúcho, o Piratini não informa em quantas parcelas o 13º deverá ser fracionado. Em 2016 e em 2017, o pagamento foi dividido em 12 vezes. Souza acredita que a operação deverá ser repetida:

— Essa é uma matéria que será regulamentada por decreto depois. O governador pode dizer em quantas vezes vai ser parcelado, mas a probabilidade é a de ser a mesma coisa do ano passado, quando foi parcelado em 12 vezes.

Oposição

O líder da bancada do PT, Luiz Fernando Mainardi, afirmou que a orientação para os deputados da sigla é a de votar favoravelmente ao projeto. Mainardi disse que o parcelamento e o empréstimo via crédito bancário foram as soluções encontradas pelo governo estadual para garantir o pagamento do benefício ao funcionalismo.

— Não tem porque ir contra. Nós somos favoráveis.

O deputado Pedro Ruas (PSOL) afirmou que ainda não analisou o projeto do Executivo. O parlamentar adiantou que também pretende conservar com categorias que representam servidores antes de tomar decisão sobre seu encaminhamento:

— Eu voto a favor do servidor. Eu consulto as categorias: o que for de interesse dos servidores, eu voto a favor. Se isso for do interesse deles de alguma maneira, eu voto.

Valor integral via crédito bancário

Assim como nos anos anteriores, o servidor que quiser receber a integralidade do recurso deverá solicitar empréstimo ao banco que tem conta, que será pago pelo governo.

Nessa alternativa, o funcionário pagaria os encargos bancários com a indenização prevista no texto do Piratini, de 1,5% sobre o saldo não pago e creditada juntamente com o valor total ou parcial da gratificação. Em 2017, a indenização era de 1,42% ao mês.