Brigada Militar de Piratini recebe viatura provisória

Sede da Brigada Militar em Piratini, em que a única viatura está estragada há uma semana Foto: Divulgação
Sede da Brigada Militar em Piratini, em que a única viatura está estragada há uma semana
Foto: Divulgação

Sem veículo há uma semana, policiais fazem ronda a pé ou em carros particulares

Após uma semana sem viatura, a Brigada Militar de Piratini opera nesta terça-feira (13) com um veículo provisório descloado da companhia em Pelotas. A medida foi tomada pelo tenente coronel do 4º BPM, Andre Luis Pithan, já que os policiais do município de 21 mil habitantes na Região Sul do Estado têm feito o patrulhamento a pé ou em carros particulares. Segundo Pithan, a viatura já foi encaminhada para conserto e deve estar pronta em 15 dias.

O Chevrolet Prisma era o único que havia sobrado de uma frota de apenas três viaturas. Das duas motos disponíveis, uma está estragada e outra recebeu recentemente uma nova bateria doada pela própria comunidade. O orçamento apresentado para recuperar todos os veículos chegaria a mais de R$ 60 mil. A Câmara de Vereadores organizou uma Frente Parlamentar de Segurança Pública e se agiliza para resolver o problema de forma definitiva, que afeta não só os moradores da cidade, mas também os da Zona Rural. Segundo o vereador proponente do movimento, Sérgio Castro, o Serginho (PDT), o crime que mais cresce no município é o abigeato. “A falta de guarnição afeta a pecuária, que é uma das principais atividades econômicas da região”. Em 2014, foram 54 registros de furto de animais em Piratini.

Outro problema é a falta de efetivo da Brigada. Atualmente, são 21 policiais. A cada turno, são dois nas ruas e um em serviço interno. Segundo o vereador Serginho, a preocupação aumenta já que no final do primeiro semestre, cinco PMs vão se aposentar e não há reposição prevista para o comando.

Em Capão do Leão, a situação é semelhante. Há uma semana, a única viatura disponível, um Renault Sandero, está estragada. O patrulhamento tem sido feito por uma moto da companhia ou a pé. Portanto, a Zona Rural de Capão do Leão, que também convive com o abigeato, está desguarnecida. Por lá, houve apenas uma ocorrência registrada, mas o número pode estar mascarado para menos, já que nem todos os produtores fazem registro de ocorrência. No ano passado, o Sindicato Rural de Capão do Leão ligou para cada um dos criadores e descobriu que foram mais de trinta casos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o tenente coronel Pithan afirmou que as viaturas do interior geralmente são antigas e, portanto, estragam com maior facilidade. O titular do 4º BPM disse ainda que já solicitou ao Governo do Estado a renovação da frota do comando da Região Sul.
Rádio Gaúcha