Valor mensal de 125 postos policiais é de R$ 598,9 mil
O Estado do Rio Grande do Sul gasta anualmente mais de R$ 7 milhões com aluguéis de prédios para sediar Delegacias de Polícia. Dos cerca de 450 imóveis que abrigam 533 DPs e 24 postos policiais, 125 são locados. O valor mensal é de R$ 598,9 mil.
Conforme a delegada Cristiane Becker, diretora da Divisão de Contratos e Convênios, o Estado tem terrenos e projetos para construir outras sedes, mas não há recursos para realizar os empreendimentos. “Dependemos de liberação financeira”, esclarece. Ela informa que pelo menos três obras estão em andamento. A Central de Polícia de Caxias do Sul deve ser concluída este ano, assim como a reforma da adaptação do Foro de Viamão, que abrigará uma DP. Um prédio em Passo Fundo também está sendo restaurado com a mesma finalidade. Em Vacaria, a delegacia já está funcionando em uma sede própria, inaugurada recentemente. “Estas construções vão reduzir o número de prédios locados”, salienta, lembrando que há um projeto pronto para Guaíba, em fase de licitação.
A delegada explica que, quando há necessidade de criação ou mudança de uma DP, é feita uma pesquisa para identificar se existe imóvel estadual apto a receber uma unidade na circunscrição da delegacia. Caso não exista ou não haja recursos para construir um novo, é feita a locação. Normalmente as estruturas precisam ser reformadas para atender às necessidades da Polícia Civil. “É necessária a adaptação para colocar a cela, por exemplo. Claro que não é igual a um prédio construído com a finalidade de uma delegacia”, observa. Também são feitos projetos para acessibilidade e outras melhorias.
Em fevereiro, o governador José Ivo Sartori inaugurou uma DP em Imbé. O prédio antigo da única unidade no município era alugado e, há mais de dez anos, existia reivindicação de mudança por conta da falta de manutenção. A DP foi transferida para outro imóvel também locado. Na inauguração, o delegado Guilherme Wondracek, chefe da Polícia Civil, disse que os prédios não são os que a Polícia gostaria de oferecer aos funcionários e público, mas assegurou que a equipe está trabalhando para melhorar. No caso de Imbé, um investidor construiu a unidade.
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