Tristeza e revolta marcam sepultamento de PM morto em tiroteio

thumb (11)Houve sirenaço e minuto de silêncio durante cerimônia em Tramandaí

Foi marcado por revolta e tristeza o sepultamento do soldado Thales Ferreira Floriano, 31 anos, às 10h30min deste domingo, no Cemitério Municipal de Tramandaí, no Litoral Norte. Pelos colegas de profissão, amigos e familiares, será lembrado como um homem dedicado à carreira. “Era extremamente motivado com a profissão. É uma grande perda para a corporação e para a comunidade”, salientou o comandante da Brigada Militar de Tramandaí, capitão Heraldo Leandro dos Santos. Foi por intermédio da corporação, a qual servia desde 2009, que conseguiu adquirir um imóvel e um automóvel, além de garantir o sustento da família.

Floriano já havia recebido reconhecimento de honra ao mérito por uma ocorrência em que, mesmo ferido, conseguiu deter um criminoso. De acordo com a tia Ana Cristina Rosa, Thales sempre aconselhava os mais novos a estudar, a ter um bom caráter e a respeitar os mais velhos. Natural de Tramandaí, Thales era formado em Educação Física, filho do secretário do Governo da Prefeitura de Tramandaí, Roberto Floriano, e da professora aposentada Isabel Floriano. O soldado deixa ainda a irmã Thaís, a esposa Renata Marques Magnus Floriano, e a filha Ana Clara Magnus Floriano, que completou três anos em 27 de julho.

No horário em que o corpo do PM foi sepultado, houve um sirenaço, seguido de um minuto de silêncio, em todos os quartéis da Brigada Militar no Rio Grande do Sul. Um imenso cortejo de veículos acompanhou o deslocamento do caixão, em um caminhão do Corpo de Bombeiros, até o cemitério. Com sirenes e buzinas acionadas, viaturas do Instituto Geral de Perícias, da BM, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros também acompanharam as últimas homenagens, assim como representes de entidades de classe da segurança pública e de associações de moradores de municípios do Litoral Norte.

O comandante-geral da BM, coronel Alfeu Freitas Moreira, disse que a corporação está mais uma vez de luto. “Nós continuamos fazendo a nossa parte. É preciso acabar com a impunidade. Criminoso tem que estar preso. Não será em vão a morte do Thales e de todos os PMs que já tombaram. Temos que gritar contra a impunidade. Temos que terminar com a vida do crime. Por mais que os PMs prendam, a violência continua”, assinalou.

O policial militar Thales Ferreira Floriano foi baleado e morto na madrugada de sábado durante uma troca de tiros com homens suspeitos de integrar a facção “Bala Na Cara” em Cidreira, no Litoral Norte.  Seis pessoas foram detidas, na região da Vila Chico Mendes, suspeitas de terem participado do tiroteio.


GAÚCHA