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Labrador começa a ser treinado para ser novo cão farejador do 15º BPM
DIÁRIO DE CANOAS
Entre as expressões sérias e sisudas na sede de trabalho de quem tem a incumbência de fazer o policiamento ostensivo em um município de mais de 340 mil habitantes, destacam-se os agentes que trabalham no canil do 15º Batalhão da Polícia Militar. Os policiais militares que cuidam e treinam os nove cães a serviço da Brigada Militar em Canoas espalham certa tranquilidade em um ambiente normalmente tenso pela gravidade do dever a ser cumprido.
Há algumas semanas, além dos pastores alemães e pastores belgas Malinois já hospedados e trabalhando no 15º BPM, um macho filhote de labrador foi incorporado à matilha. E de cara já se tornou responsável por cenhos muito menos franzidos e por espalhar sorrisos por onde passa nas dependências da Brigada. “É sério? Vocês não vieram aqui para conversar conosco, não é? Vieram para fazer pauta com o cachorro!”, brincou o subcomandante do 15º, major Rogério Araújo, provando que o animalzinho realmente já deixou mais ameno o ambiente de caserna.
Com dois meses de vida, Dark chegou ao batalhão para ser testado. Caso seja aprovado, ingressará na carreira policial como cão farejador.
Homenagem
O novo filhote ganhou seu nome em homenagem ao labrador farejador que morreu faz exatamente um ano, de câncer. A pedido do responsável pelo canil, sargento Fábio Lord, o cão foi sepultado no quartel.
Com 45 anos e há mais de 25 lidando com cães, Lord diz já ter perdido a conta dos cães que treinou. Dark é o mais novo na extensa lista. “Aqui no batalhão, ele pode ser treinado por vários instrutores, mas seu condutor é um só: o soldado Alex Damião. Toda vez em que ele sair em alguma operação, no futuro, será levado pelo Damião”, esclareceu o sargento. Segundo Lord, os pais de Dark já tem histórico favorável como animais que trabalham. O casal de cachorros é utilizado em terapia com pessoas com necessidades especiais.
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Aprender brincando
Quem ouve falar em treinamento de cães pode pensar “coitados dos bichos, são abusados”. Dois instrutores do canil do 15º BPM garantem que não é assim. “A parte mais difícil, para nós e para os cães, é manter a rotina e treinar sempre. Mas o treinamento, em si, é divertido para o cão”, explicou o sargento Lord.
De fato, Dark se diverte correndo atrás de uma bola. “Se não se divertisse, não correria”, ensina o soldado Gilciomar Mânica. “Nos primeiros meses dele aqui, temos de garantir que ele sempre sinta prazer em ser ativo, e aguçar a curiosidade dele”, completou Lord.
À medida que o treino avançar, as dificuldades aumentarão. “Ele passará a treinar com objetos com cheiro, e terá de identificar o que queremos em meio a outros odores e outras distrações. Se ele se mantiver atento, ativo, curioso, obediente, dentro de um ano estará em definitivo no canil”, disse Lord.