Rádio Guaíba: Comandante militar do Sul diz que Exército está preparado para reforçar a Segurança Pública no RS

Comandante militar do Sul diz que Exército está preparado para reforçar a Segurança Pública no RS. Foto: Fabiano do Amaral/CP

Edson Leal Pujol revela que militares têm experiências de apoio ao combate à violência

O comandante militar do Sul, general de Exército Edson Leal Pujol, reconheceu que os militares não têm o mesmo treinamento dos policiais para combater a violência urbana, entretanto, ponderou que as Forças Armadas são preparadas para ações de combate. Ressaltou que já houve experiências de apoio do Exército à segurança pública nos jogos olímpicos do Brasil, em áreas conflagradas pela guerra do tráfico no Rio de Janeiro e também no Haiti.

“Nossa atuação não é exatamente na área da Segurança Pública. No Haiti, realizamos uma missão de paz para buscar a estabilidade naquele país. Mas trabalhávamos em conjunto com a polícia da ONU e supervisionando operações. Mas estamos preparados para colaborar, como já fizemos nos jogos olímpicos e até no Rio de Janeiro em regiões dominadas pelo tráfico de drogas”, adiantou.

O oficial ressaltou que a simples presença de militares nas ruas já oferece uma sensação de segurança para a população. Em alguns pontos, como na zona Sul da Capital, já há um reforço mais ostensivo. No bairro Serraria, por exemplo, existem dois quartéis do Exército e, nas proximidades, traficantes instalaram pontos de venda de drogas. O local foi um dos escolhidos para iniciar uma parceria entre a Brigada Militar e o Exército. O enfrentamento da violência também serve como treinamento.

“Chega a ser uma questão de jurisdição, já que o perímetro dos quartéis é de nossa responsabilidade. Na Serraria, há registros de criminalidade e reforçamos a segurança com a presença do Exército em parceria com a Brigada Militar. Estas operações também servem de treinamento de militares”, declarou.

Diante do atual cenário da crise política brasileira, o comandante do Exército descartou a possibilidade de uma eventual retomada do poder por parte dos militares. “Nós funcionários públicos temos que nos pautar pela legalidade. Mesmo que exista uma crise política e, sobretudo, moral, ainda assim, temos que respeitar as leis”, amenizou.

Fonte:Voltaire Porto / Rádio Guaíba