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ZERO HORA: Secretaria da Segurança garante que presença da BM não irá alterar perfil de presos da Penitenciária de Canoas

Secretário da Segurança Pública do RS, Cezar Schirmer (Foto: Rodrigo Ziebell/SSP/Divulgação)

Hoje é permitida a entrada de presos de baixa periculosidade e sem ligação com grupos criminosos

Um dia após a Brigada Militar (BM) assumir oficialmente a segurança da Penitenciária de Canoas 2 (Pecan 2), do Complexo Penitenciário de Canoas, a Secretaria Estadual da Segurança garante que não irá alterar o perfil de presos recolhidos ao local. Desde a inauguração, em março de 2016, a administração do complexo vem contornando a instalação de facções, permitindo o ingresso apenas de presos de baixa periculosidade e sem ligação com grupos criminosos.

Em entrevista nesta segunda-feira (30) ao Gaúcha Atualidade, o secretário estadual da Segurança, Cezar Schirmer, afirmou que a presença da BM não mudará o sistema do complexo. Hoje, todos os presos trabalham, estudam e usam uniforme.

—  Essa é a prática que vamos adotar, mas não é algo fácil, tem um custo elevado. Essas penitenciárias tem um custo mensal de R$ 9 milhões a R$ 10 milhões por mês. As cadeias com superpopulação carcerária e mistura de presos são muito mais baratas. Em Canoas, o que se quer é a inversão dessa ótica — disse Schirmer.

Segundo Schirmer, os presos que irão para o local serão retirados de outras penitenciárias, conforme a regra do perfil de baixa periculosidade e sem ligação com facções criminosas. Presos em delegacias e viaturas irão, então, para essas outras casas prisionais.

— Tínhamos em torno de 80 ou mais PMs nas viaturas e, agora, vai reduzir para menos da metade. Vamos liberar brigadianos e veículos que estavam parados — destacou.

O secretário afirmou, ainda, que os brigadianos irão permanecer até o final de fevereiro, sendo substituídos por 480 agentes penitenciários e administrativos chamados no mais recente concurso da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

Hoje, o complexo de Canoas abriga 570 presos. Destes, 393 estão na Pecan 1, que atingiu a capacidade máxima. Outros 177 estão no módulo 2, agora sob responsabilidade da BM. Essa unidade pode receber até 288 presos.